AdsTerra

banner

terça-feira, 22 de maio de 2018

Relatório apresenta duas alternativas para o Beneficência Portuguesa

Documento feito pelo Sírio Libanês sugere sucessão de CNPJ ou arrendamento do equipamento hospitalar para uma instituição filantrópica privada

Relatório apresenta duas alternativas para o Beneficência Portuguesa | Foto: Fabiano do Amaral

Relatório apresenta duas alternativas para o Beneficência Portuguesa | Foto: Fabiano do Amaral

Sucessão de CNPJ ou arrendamento do equipamento hospitalar para uma instituição filantrópica privada são as duas possibilidades apontadas pelo Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, para garantir o futuro do Hospital Beneficência Portuguesa, em Porto Alegre. O complexo hospitalar paulista realizou consultoria de gestão no local por 90 dias através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e divulgou os resultados em reunião interna na noite desta segunda-feira, na Capital. A entidade que vai assumir o local pode ser conhecida nas próximas semanas.

“O Beneficência, como equipamento hospitalar bem gerido, é viável”, disse o diretor executivo do Sírio-Libanês, Fernando Torelly, sobre o resultado do relatório. De acordo com ele, para a instituição paulista, estes são os únicos caminhos que podem ser seguidos pela entidade centenária na área da Saúde de Porto Alegre. No primeiro caso, todo o patrimônio ativo do hospital e suas dívidas seriam entregues para outro gestor. Já a segunda hipótese, que Torelly considera mais provável neste momento, o Beneficência alugaria sua estrutura e, com o valor recebido, negociaria diretamente com seus credores.

Apesar de a Sociedade Beneficência Portuguesa deixar de ser a mantenedora, em ambos os casos o nome do hospital permaneceria o mesmo. Conforme o diretor executivo do Sírio-Libanês, a atual direção já tem, inclusive, um interessado cujo nome é mantido em confidencialidade de contrato. Como determina o estatuto do Beneficência, a preferência é para instituições privadas de natureza filantrópica pelo menos inicialmente e a alternativa de entidades como o Grupo Hospitalar Conceição (GCH) vir a assumir, como foi levantado recentemente, é descartada. “Não há a menor possibilidade que hospitais públicos assumam”, afirmou Torelly, que acredita que uma definição deve vir entre os próximos dez ou 15 dias.

Diretoria deve se posicionar ao poder público

Apesar disso, a decisão agora cabe apenas à diretoria, que no entanto, precisa se posicionar ao poder público, com quem tem suas principais dívidas. Por isso e diante da grave crise vivida no Beneficência, o diretor do Sírio-Libanês acredita que algo de concreto aconteça em breve. “Como existe um trabalho técnico que demonstra que é possível retomar a operação, isso possibilita que instituições privadas agora possam se interessar”, comento.

Do dia 15 de fevereiro ao dia 15 de maio, o hospital paulista analisou diretamente os trabalhos na instituição portoalegrense e constatou um momento de desestruturação resultado de anos de problemas de gestão. Atualmente, são cerplaca de R$ 100 milhões em dívidas e apenas dois pacientes para 201 leitos. O relatório contem toda a condição do local, aspectos de estrutura, recursos humanos, relacionamento com planos de saúde e plano de retomada.

Além de Torelly, participaram da reunião em Porto Alegre, o presidente do Beneficência, Augusto Veit Júnior, os secretários municipal e estadual de Saúde, Erno Harzheim e Francisco Paz, além do secretário de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo.


Correio do Povo



Nenhum comentário:

Postar um comentário