Mauricio Stycer
Realizado no domingo (17), em plena Assembléia Legislativa de São Paulo, o velório de Marcelo Rezende (1951-2017) atraiu um grande número de fãs. E, como já ocorreu em cerimônias semelhantes que envolviam celebridades, causou espanto a disputa por fotos com figuras públicas que compareceram à cerimônia fúnebre.
Os vídeos disponíveis mostram momentos de histeria de fãs diante da chegada de personalidades que trabalharam com Rezende, como Percival de Souza. O jornalista se assustou ao ser literalmente agarrado ao passar pelo “tapete vermelho” que dava acesso à Assembléia. No caso de Rodrigo Faro, o constrangimento foi ainda maior – o apresentador da Record foi recebido aos gritos de “gostoso”. Já Luiz Bacci ganhou um coro, ritmado, de “lindo, bonito e gostosão”.
Ao ser aberto para o público, o velório também chamou a atenção pelo número de pessoas que, diante do caixão, procuraram fazer fotos com o objetivo de registrar a própria presença no local. Muita gente também fez transmissões “ao vivo” para as redes sociais no momento.
Não duvido do carinho e da tristeza dos fãs de Rezende, mas é estranho, evidentemente, este tipo de comportamento em um velório. Há algo de muito macabro em selfies com o corpo do apresentador ao fundo.
O que ocorreu neste domingo está longe de ser novidade. No final de 2016, a atriz Maisa Silva usou seu Twitter para reclamar de fãs que pediram para tirar fotos com eladurante o velório de sua bisavó. “A todos que pediram fotos durante o velório… espero que entendam o meu ‘não’ como resposta, acho desrespeitoso tirar fotos de luto”.
Mesmo em momentos de lazer, esta preocupação excessiva em registrar os acontecimentos com o celular causa estranheza. Numa entrevista a Luciana Gimenez, exibida em março do ano passado, Mick Jagger observou: “Em São Paulo, parece que o público assiste pelo telefone. É a cidade do telefone. Parece um mar de telefones”, disse.
Esse relato contou com informações da repórter Gisele Alquas, que trabalhou na cobertura do velório. O crédito da foto no alto é: Edson Lopes Jr./UOL
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